quarta-feira, 23 de março de 2011

Warpaint & Two Door Cinema Club no Estadão


clipe(s) do WARPAINT
veja aqui UNDERTOW com mais de 1 milhão de views

clipes(s) do TWO DOOR CINEMA CLUB
veja aqui I CAN TALK com quase 3 milhões de views
veja aqui WHAT YOU KNOW com quase 1 milhão de views
veja aqui UNDERCOVER MARTYN com quase 2 milhões de views

terça-feira, 19 de outubro de 2010

COMUNICADO

Queridos amigos,
Assinamos com a Beggars Group, e em Novembro teremos uma leva de álbuns editados por aqui, incluindo os novos do Belle and Sebastian, Interpol, M.I.A e The National, e os mais recentes de
Vampire Weekend e Pavement. Falando em Belle and Sebastian, o novo álbum do grupo conta com participações de Norah Jones e da atriz Carey Mulligan (Educação).
Site novo em breve no ar. Aguardem!

Saudações Lab 344!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Close-up, vol.1: Love songs | Suzanne Vega

LABORATÓRIO POP [por Ricardo Schott]:

Não são só os artistas brasileiros que, em alguns momentos, param para regravar suas obras. A grande diferença é que, em vários casos, os gringos, mesmo que estejam sumidos da mídia, fazem isso com um pouco mais de charme e sem aporrinhar os ouvidos dos fãs com autorreleituras de araque. A americana Suzanne Vega decidiu reler sua obra em 4 CDs, cada um enfocando um lado de seu repertório - e ainda deixou de lado seus dois grandes hits, Luka e Tom s dinner, pelo fato de eles não se encaixarem no esquema de "love songs" do primeiro disco da série.  No Brasil, que só a reconhece por Luka, periga muita gente deparar com o CD por aí (Close-up saiu aqui pelo pequeno selo Lab 344) e nem saber que ela tem uma obra tão consistente e numerosa assim. Não é só por esses dois hits que Suzanne é conhecida no Brasil, a bem da verdade - Caramel e Marlenne on the wall, que estão no disco em boas versões, tocaram em FMs de perfil adulto quando de seu lançamento original. O volume 1 da série serve mais como uma boa redescoberta do que como um álbum que vá varrer o mercado. Traz as canções no esqueleto, com voz, violão, poucos acompanhantes e pouquíssimas guitarras. If you were in my movie, para os padrões do disco, conseguiu ficar soturna e suja, com vocais falados lembrando Lou Reed. Gypsy tem estrutura de canção de ninar. Small blue thing, com um pouco mais de mídia, conseguiria conquistar tantos corações quanto os maiores hits da cantora, assim como I ll never be (Your Maggie May), com levada roubada de I got a feeling, dos Beatles. Quem não gosta de sonoridades certinhas e inofensivas, deve fugir - o que o som de Suzanne tem de agridoce, tem de asséptico demais à primeira vista, pronto para adonar comerciais de empresas telefônicas e até reclames de margarina. Se não for esse o problema, vale ouvir.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Suzanne Vega em um exercício de estilo

MONDO POP / por Fabian Chacur em 06 de Agosto: A canção Luka, lançada em 1987 como parte do álbum Solitude Standing, tornou a cantora, compositora e violonista americana Suzanne Vega conhecida mundialmente. Um CD maravilhoso, o segundo de sua discografia, que havia começado dois anos antes com um trabalho autointitulado do qual fazia parte a charmosa Marlene On The Wall. Em termos comerciais, Miss Vega nunca mais teve nada tão potente como esse álbum antológico. No máximo, quem sabe, a música Caramel, espécie de bossa nova pop incluída na trilha do simpático filme Feito Cães e Gatos (1996), com Uma Thurman e Janeane Garofalo. Vendas à parte, a moça continuou lançando obras relevantes, e durante os anos 90 investiu em uma interessante e ousada fusão de sua folk music com o experimentalismo eletro-industrial do tecladista e produtor Mitchell Froom, com o qual foi casado. Seu show no antigo Palace (hoje CitiBank Hall, em São Paulo), em 1998, foi antológico, com essa dualidade eletrônica/acústica muito bem resolvida. Na década que está indo para o saco, ela voltou ao formato folk-pop e se manteve longe dos charts. Seu novo trabalho é, na verdade, uma volta ao passado. Trata-se de Close-Up, que reunirá em quatro álbuns temáticos releituras de canções dos seus álbuns. O primeiro acaba de sair no Brasil. pelo novo selo Lab344. Close-Up Vol.1 Love Songs nos oferece 12 canções de temática romântica, nas quais sua voz e violão predominam, com intervenções delicadas e sutis dos músicos Gerry Leonard (guitarra) e Michael Visceglia (baixo). A voz de Suzanne continua doce e hipnótica, com um jeitão de carochinha pop, contando histórias nem sempre felizes, mas interessantes e dignas de uma trovadora urbana (às vezes, nem tanto). As músicas não diferem muito dos arranjos originais, mas os arranjos mais despidos destacam a voz e o violão, sem nunca nos deixar cair no marasmo ou no bocejo que às vezes esse formato proporciona. O repertório mistura canções mais famosas como Caramel, Marlene On The Wall, Gypsy eStockings com outras tão legais como, entre elas Small Blue Thing, (If You Were) In My Movie eSongs In Red And Gray. Close-Up pode ser considerado um projeto preguiçoso por repetir canções antigas sem grande inovação, um exercício de estilo de uma artista buscando novos rumos ou simplesmente uma deliciosa releitura de músicas maravilhosas feita de forma despretensiosa e quente. Fico com a última alternativa.

Cyndi Lauper homenageia mestres do blues

GUITAR PLAYER / por Henrique Inglez de Souza:
O que tem a ver Cyndi Lauper com mestres do blues? A resposta para essa pergunta é, no mínimo, um disco. Talvez você possa até estranhar, mas a cantora pop lançou no final de junho passado um trabalho dedicado ao estilo. 'Memphis Blues' traz diversas versões e participações especiais. As gravações aconteceram no estúdio Electrophonic Studios, em Memphis (EUA), sob a produção de Scott Bomar e da própria Lauper. São 11 faixas, incluindo 'Down Don't Bother Me' (Albert King), 'Rollin' and Tumblin'' (Muddy Waters) e 'Crossroads' (Robert Johnson). A edição brasileira ainda conta com duas canções de bônus, 'Wild Women Don't Get the Blues' e 'I Don't Want to Cry', a qual contou com nosso conterrâneo Leo Gandelman. Aliás, no que se refere às participações especiais, a cantora esteve bem servida: Jonny Lang, Charlie Musselwhite, Ann Peebles, Allen Toussaint e o mestre B.B. King.

Cyndi Lauper mergulha no mundo do blues

R7 / por Fabian Chacur em 05 de Agosto: Cyndi Lauper ficou famosa nos anos 80 com seus trabalhos alegres, dançantes e com elementos de rock, pop e dance music. Quem está acostumado com esse perfil da cantora americana tomará um susto ao ouvir seu novo CD, Memphis Blues, lançado no Brasil pela gravadora Lab 344. Nesse álbum, a garota que só queria se divertir incorpora uma legítima cantora de blues, com personalidade e talento suficiente para compará-la às grandes divas do gênero. Alias, ela dedica o trabalho a uma delas, a saudosa Ma Rainey. O enfoque é na ala de Chicago desse seminal estilo musical, com direito a solos de gaita, guitarras nervosas e releituras personalizadas de clássicos desse estilo, entre os quais Rollin' And Tumblin', Crossroads, Don't Cry No More e How Blue Can You Get. Os convidados especiais são um capítulo a parte, pois são todos mestres do blues. São eles o gaitista Charlie Musselwhite (que tocou até com os Rolling Stones), o pianista e maestro Allen Toussaint (de Nova Orleans), a cantora Ann Peebles e o guitarrista Jonny Lang, alguns deles em mais de uma faixa. A cereja do bolo blueseiro é a presença do embaixador mundial do blues, mestre B.B. King, que canta e toca guitarra em Early In The Mornin', faixa da qual também participa Allen Toussaint. De quebra, o saxofonista brasileiro Leo Gandelman faz belos solos durante a faixa que encerra o disco, I Don't Want To Cry, que soa mais como uma daquelas deliciosas baladas do rock and roll dos anos 50. Memphis Blues é muito mais do que uma cantora pop fazendo um frila na seara do blues. O disco soa como alguém que não só ama o estilo como o incorporou de forma incondicional o papel que se propôs a vivenciar. Se ela resolvesse ser uma blues woman em tempo integral, certamente se daria muito bem.

Lendas legitimam o blues competente de Lauper

NOTAS MUSICAIS/O DIA / por Mauro Ferreira em 02 de Agosto:
Aos 57 anos, Cyndi Lauper preserva a potência vocal dos anos 80. É com sua voz forte e cortante que a intérprete pop de hits como Girls Just Wanna Have Fun simula o sentimento do blues em seu primeiro disco dedicado ao gênero. Justiça seja feita: o álbum é bom. Até porque não tem como ser ruim um disco que agrega bluesmen como B. B. King (voz e guitarra em Early in the Mornin'), o gaitista Charlie Musselwhite (em Just your Fool e em Down Don't Bother me) e o hábil pianista de Nova Orleans Allen Toussaint (em Shattered Dreams, em Early in the Mornin' e em Mother Earth). Tais lendas legitimam a incursão de Lauper pelo blues. Difícil não se embriagar com o clima de fim de estrada em que a artista ambienta temas como Rollin' and Tumblin' - faixa em que Lauper repõe em cena a voz de Ann Peebles, hoje esquecida cantora associada ao soul de Memphis. Talvez por ter escutado blues desde sempre, como tem revelado em entrevistas, Lauper forja de maneira convincente alma blueseira que dá credibilidade a regravações de clássicos como Crossroads, na qual figura (como cantor e guitarrista) Jonny Lang. Tanto que soa até dispensável a faixa-bônus exclusiva da edição brasileira, I Don't Want to Cry, balada gravada com o saxofonista Leo Gandelman. E o fato é que - por mais que represente, a rigor, o simulacro de um espírito blueseiro - o competente Memphis Blues de Cyndi Lauper é CD coeso esculpido com a pegada dos verdadeiros mestres do gênero.